Encontros e desencontros pela vida pode-se entender como Mortes Dentro da Vida.
Desde quando nascemos, passamos por situações as quais nos fazem conhecer pessoas e estas a nos conhecerem. Muitos são os encontros e tantos outros os desencontros decorrentes quando do momento passamos a conhecer alguém, assim como de outra forma nunca mais encontramos esta pessoa a qual conhecemos em algum momento de nossas vidas. Muitos são os exemplos que podemos imaginar, em nossas vidas, de pessoas que as conhecemos e que nunca mais tivemos notícias, podendo nunca mais reencontrá-las nesta vida. Hoje, ainda tendo a ajuda tecnológica de internet, como os facebook, orkut, msn, blogs e etc, podemos passar toda a vida sem ter mais notícias de amigos ou conhecidos os quais um dia já convivemos em nosso dia a dia.
A vida pede passagem e o tempo nunca dá uma trégua. Dito isso, é fato lembrarmos de quantas pessoas já conhecemos durante nossa vida, até em dias atuais, e não sabermos por onde andam algumas ou muitas destas pessoas as quais conhecemos. Inúmeras pessoas serão constatadas decorrentes deste questionamento. Por onde estas pessoas andam ou vivem? Pensará você agora! Toda via, estamos vivendo e convivendo com novas pessoas as quais, um dia, também poderão vir a estarem na mesma situação, morreram dentro das nossas vidas. Cada um de nós estaremos a vivenciar esta situação durante toda a vida, tendo exemplos como estes constatados, entre apenas amigos ou com familiares. E, mesmo estas pessoas ainda estando vivas, vivendo em algum lugar deste nosso planeta, para nós é como se não existissem mais, ou como se não estivessem mais vivas. É o que podemos dizer: Morreram mesmo estando vivas, ou melhor isso é como Morte Dentro da Vida. Digo morte não como algo vital de organismos vivos, ou de vida cerebral material, mas sim vida pela vida, relações humanas entre pessoas que se ajudam ou convivem socialmente. Assim, como as pessoas que nunca conhecemos, mas sabemos que vivem e sobrevivem por toda parte do planeta, estão aquelas pessoas que um dia conhecemos, mas hoje não sabemos por onde andam. A diferença está no fato de que vez ou outra lembramos de uma ou outra pessoa que já conhecemos e pensamos, onde está ou vive essa ou aquela pessoa que nunca mais eu vi ou tive notícias? Com isso, tanto as que conhecemos algum dia ou as que não conhecemos estão mortas dentro da vida, em caso destas ainda estarem organicamente vivas, encarnadas. Contudo, aquelas pessoas que já conhecemos, e nunca mais tivemos notícias ou as vimos, também diferem daquelas que nunca conhecemos pelo fato de que, as que um dia conhecemos, esta tiveram algum papel em nossa vida. Algum papel relevante que foi fato para o nosso crescimento ou evolução nesta vida e que agora não estão mais sendo necessárias para tal, já tendo cumprido, elas, o papel ao qual foram a incumbidas.
Outra relevância que podemos citar é o fato de hoje existirem meios tecnológicos os quais ajudam a manter contatos com estas pessoas, mesmo estando elas distantes fisicamente, ou até reencontrá-las. São multimeios da própria internet, como facebook, orkut, blogs, msn e etc, em fim meios os quais antigamente não existiam e as mortes em vida eram muito maiores. Hoje podemos manter um campo de amizade e conhecimento muito maior e mais duradoura que antigamente. No passado também haviam alguns meios como os famosos rádios amadores que serviam para pessoas manterem contatos em distâncias e durante muito tempo. O fato é que em nossa vida passamos por muitas experiências as quais nos fazem sorrir ou chorar e que as pessoas que compartilharam destas situações podem não fazer mais parte de nossas vidas, mas que tiveram sua importância no seu exato momento e hoje estão mortas em nossas vidas.
Desta forma, acredito que podemos ressuscitar muitas destas pessoas ainda nesta vida. Cada um de nós podemos e até devemos acreditar que estas pessoas ainda poderão ter algo a compartilhar em nossas vidas e reciprocamente compartilharmos algo na vida delas. Lembremos por exemplo do médico que realizou o parto de quando nascemos, do nosso primeiro professor, do nosso primeiro relacionamento, dos nossos amiguinhos de infância, dos colegas do nosso primeiro emprego, de quem compartilhou nossa primeira experiência amorosa (primeiro beijo por exemplo), do nosso vizinho antigo, de nossa primeira paixão, nossos professores, alunos e etc, em fim, de todos aqueles que fizeram parte de algum momento especial em nossas vidas. Não deixemos que elas fiquem apenas no passado, resgatemos àqueles que conseguirmos, trazendo para nossas vidas e quem sabe muitas novas experiências ainda serão de muita relevância. Lembre-se que estas pessoas podem muito ainda contribuir para nosso crescimento.
Busquemos resgatar àqueles que fizeram parte de nossas vidas, reencontrando pessoas especiais e, a partir disso, digamos agora vida dentro da vida.
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