quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Inteligenocídio

Cadáver Mental


Mata-se a inteligência quando se entende saber tudo
Quando acredita não ter o que, com outro, aprender
Quando a prepotência ser capaz de conduzir discurso
Quando a falta de humildade supera enxergar o óbvio

Mata-se a inteligência quando não se reconhece quanto errou
Quando faz dos seus discursos algo indiscutível e incontestável
Quando passa pelo aprendizado mas não o reconhece como tal
Quando se elege e intitula-se como o senhor de todas as coisas 

Mata-se a inteligência quando dar-se vida e alimento à intolerância 
Quando busca-se erros alheios a si mesmo justificando seu discurso
Quando acredita cegamente que nada está acima daquilo que prega
Quando menospreza-se a capacidade daquele que julga-se ignorante

Mata-se a inteligência e dar-se vida a ignorância ao ignorar o próximo
Ao ter certeza de tudo quando a incerteza é só uma questão de tempo
Ao capacitar-se diante da incapacidade daqueles que ignoram o óbvio
Ao acreditar que o tempo é o hoje e que dele nada se colherá amanhã

Mata-se a inteligência e constrói-se a pobreza mental inerente ao Ser
Ao Ser incapacitado e desprovido de sabedoria de enxergar a realidade
Ao Ser desprovido de sensibilidade de perceber o quanto incoerente o é
Ao Ser Insensível e incapaz de entender que Deus é quem está no comando



" Forma-se o cadáver mental quando de um genocídio de práticas sem inteligência, o ser humano produz prepotências e discursos desprovidos de humildes palavras, onde acredita não ter o que aprender. Inteligenocídio é o que penso ser esta ocorrência e o pior de todos os cídios existentes. É matar o Deus que existe em si mesmo."


(CACAH, Ricardo - Seabra/Ba, Novembro de 2018)








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