sábado, 20 de maio de 2017

O Acolhimento Sertanejo II



O sertanejo antes de tudo um forte, um nobre, um grande guerreiro
Vivendo de lutas, entre as labutas diárias de pai, de mãe e boiadeiro
Servindo de amigo e nobre acolhedor pelas Graças do bom Criador
Alimentando-se do que brota da caatinga e da paisagem que fascina
Dividindo o alimento ganho com sofrimento como um forte batalhador
Sempre sorridente sem deixar-se entristecer pela dor que vos castiga
Um nobre campeão, senhor de seu tempo, mas escravo da necessidade
De bolso sem um vintém e de coração farto,onde preza pela honestidade
Seja na roça ou na cidade tange as cria com zelo e amor sem ter vaidade

Oh Mano Chico, que hoje choras sem poder derramar se quer lágrimas, 
Porque lágrimas estão escassas e guardastes para matar a sede do irmão
Do irmão já tão sofrido, sofrido do cangaço, da fome, do descaso político
Mas que ainda sabe sorrir, cantar, dançar, e ser solidário de bom coração
Nobres ribeirinhos franciscanos, povo de minha estima e toda gratidão
Povo que pouco quinhão, mas do pouco em solidário milagre divide o pão
Oh Mano Velho, Mano Chico de tanta beleza, que Deus proteja suas águas
Que leva e conduz a serenidade de um povo que sofre, em nobre natureza
Eis que neste momento de luta e desapontamento, em seu temor hídrico
Mas que mais de quinhentos anos de história, um forte guerreiro e irmão
Saberá superar e reerguer-se como seus queridos e irmãos sertanejos
Mano Chico que molha a guela e lava a alma de todo nobre nordestino
Nordestino cabra valente e trabalhador com sabedoria e alma de sonhador
Chico do oeste, do norte e do leste, do nascimento ao desague no oceano
Que seus vizinhos, guerreiros ribeirinhos, sertanejos nobres franciscanos
Sejam eles mineiros, pernambucanos, sergipanos, alagoanos ou baianos
De pé, de coração aberto e puro, louvamos e aplaudimos nosso mano velho
Nosso Mano Chico

Assim Mano Chico, Velho Chico, Seu Chico ou São Francisco, louvemos e oremos


Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.
"Vida Eterna às águas e margens protegidas do velho chico.
Que Deus Esteja no Comando e Proteção Deste Povo e Deste Rio
Rio da Sobrevivência e da Providência Divina Para um Povo Sertanejo
Deus No Comando Sempre".

(CACAH, Ricardo - Maio de 2017)







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